sábado, setembro 01, 2007

Cardio-Mecânica


A estrutura desta crônica estava salva em meus rascunhos para um dia sem muitas palavras. Hoje soprei sobre ela, juntei algumas letras e assim se fez. Espero que gostem!

Sei lá como funciona a gente!
Há alguns dias venho pensando coisas estranhas, imaginando situações que não me parecem boas.
Hoje acordei com saudade de coisa nenhuma.
Um aperto que vem lá do fundo dizer que alguém faz muita falta.
Acontece que eu não sei quem é esse alguém.
E já disse isso para o aperto, mas ele cisma em apertar ainda mais, teimando em me ver confusa.
Comecei pelo básico, família, amigos e parentes que se foram, amores que desatinaram pelo caminho, amigos distantes, paixonites agudas e crônicas.
Conforme apareciam as pessoas me vinham alfinetadas lembrando tempos e suspiros.
Mas nada que desse sentido a essa saudade.
Pensei nas coisas estranhas. Talvez tenham alguma ligação com essa saudade que me cutuca enquanto escrevo, mas nada confirmado.
Depois de muito raciocínio cheguei à três conclusões:
1) Preciso domar meus pensamentos;
2) Hoje sou a pior companhia do mundo;
3) Troco meu coração de carne, semi-novo em ótimo estado apesar de algumas fortes emoções vividas. Sem tendência a problemas cardiovasculares, nada de cafeína, nem sinal de arritmia ou problemas graves. Alegra-se com boa música, dança e fotografias. Entretanto precisa de ajustes,apega-se facilmente, tem gravador de decepção e uma terrível mania de saudade além, é claro, de nunca dizer o que quer. Quem se interessar, procuro um coração de pedra e/ou aço blindado, mas estou aberta a negociações.