sexta-feira, setembro 30, 2011

Uma grande licença para "Rendi-me."

Texto de inauguração no Tublr.
Escrito por uma angústia que precisa ser dita.
Transcrevo o texto na íntegra:

Rendi-me.

Desde que ouvi falar no Tumblr. surgiu em mim aquele “PLIM!” de ideia certa. Eu não sei exatamente porque. Estava Estou (estou?) feliz com o Twitter e ainda inventei de ter Facebook… Resisti ao Tumblr por vários motivos subjetivos, mas principalmente porque sabia que ficaria “fissurada” nele.

No Twitter entrei apenas pelo prazer de ser do contra. Poucas pessoas usavam e era uma janelinha pra comentários (e desabafos) aleatórios das outras redes sociais. Era a válvula de escape que ejetava tudo o que me apertava no Orkut (É! Lembra dele?), no MSN e até na vida real… Fazia comentários sem detalhes e nenhuma citação. Bons ou ruins (sim, também tinha coisa boa!), eram descargas que me permitiam livrar a mente de muitas coisas, em sua maioria, desnecessárias.

Hoje o Twitter é tão popular quanto o Facebook que, por sua vez, é (quase) tão popular quanto o Orkut em sua plena força. Qualquer mínimo comentário é captado e interpretado como indireta (ou direta) para pessoas que, na realidade, não têm absolutamente NADA a ver com a questão! Nem estavam no pensamento enquanto o tweet era composto! Ou, ainda que a pessoa saiba do que se trata, interpreta de forma completamente distorcida, como se fosse (porque passa a ser) uma grande afronta a ela. E, muitas vezes, o twitteiro sequer tem chance de ser e viver, escrever e falar, sem se preocupar com a forma que terceiros (?) vão encarar (ou não) o tweet em questão.

Obviamente não estou falando de provocações e rixas, “barracos online” e nada assim! E também aplica-se às demais redes. A questão que levanto é aquela máxima “Sou responsável apenas pelo que falo, não pelo que você interpreta.” Uma vez que a pessoa se viu no tweet ou em qualquer manifestação pessoal sobre determinado assunto/pessoa, por que não vestir a carapuça e assentar-se? Por que a fúria? Por que julgar o autor? Você nunca escreveu nada que servisse a ninguém? Se acha tão especial a ponto de pensar que todas as opiniões daquela pessoa referem-se a você? Não é muita presunção da sua parte?

Bom, isso partindo do pressuposto de que a opinião manifestada não foi pra você, né?! Mas, partamos do pressuposto oposto: E se foi pra você? Serviu? Então vista. Não serviu? Jogue fora! Qual é o problema? Uma vez que ali não tem seu nome, nem provas e “links” (qualquer forma de rastrear e expor) que levem a você, por que se importar tanto com algumas palavras resmungonas? A não ser que você concorde com elas, assim explicaria (mas não justificaria) seu estresse para com as opiniões em questão. Fora isso, não.

A questão é que liberdade de expressão é um direito de todos desde que não agrida nem exponha ninguém. A opinião em forma de tweet ou seja lá o que for agrediu você, ainda que de forma subjetiva, inegavelmente? Não poderia ser uma opinião sobre qualquer outra pessoa? Vale repensar. Porque, da mesma forma que temos nossos direitos como seres humanos de sermos respeitados, ter nossa integridade e moral garantidas e etc, queremos nossos direitos de livre expressão. Então há que reconhecer os mesmos direitos para todas as pessoas. Ou você é tão MAIS especial assim?

Bom, então viva SUA vida. Seja você e não o outro. Tenha suas próprias tendências e opiniões. Busque suas próprias fontes, monte seu próprio quebra-cabeças em vez de montar o alheio e pintar com suas cores para parecer original. Não se prive de seu maior direito que é ser você. E lembre-se que os outros só têm na sua vida a abertura que você lhes dá.

Enfim, este era um post de inauguração e quase virou um discurso de Fidel.

Falarei de coisas relevantes e inúteis, sobre música, palavras e gestos. Fragmentos do meu Universo.

“Sei que quem sou e o que/quem amo não podem ser tirados senão por mim. Sei que existem pessoas brilhantes e que outras vivem às sombras das primeiras. E sei que sirva a quem servir, vista a carapuça e se assente.” Eu mesma - no Facebook às 10:29AM em 29/09/11.

sábado, setembro 10, 2011

Futuro do pretérito


Além de todo escuro, a luz se acende
A candeia do peito pisca, mas reluta
Forte que é, não se apaga nunca.
Nunca é sempre não acontecer.
Sempre não acontece da gente se ver.
Enquanto eu me vejo em você
vejo você se perder em mim
Todo seu não saber de tudo em mim
adormece tudo que pode ser o todo em nós.
Não me faça perguntas,
eu não tenho respostas.
Tenho apostas que não chegaram ao fim.
Ganhar ou perder já não importa
Aprendi a traçar meu caminho
e lembrar de onde vim.
Se sei viver, não sei.
Espero apenas saber morrer
Pois na morte já não sou, mas fui;
já não tenho, tive; já não faço, fiz.
E nada nem ninguém mudará meu final.
Afinal, que pode a vida diante da morte?
E que pode a morte diante da vida?
Discursam uma à outra,
em luta infindável,
pela beleza maior.
E há beleza maior do que permitir-se
notar que a luz se acende além de todo escuro?
Diante da vida ou da morte,
este detalhe desfaz a desgraça
e espelha a frágil grandeza do ser.
Somos frágeis, meu amor,
e nada há que nos enlace.

Título: @Rei_LV

terça-feira, agosto 23, 2011

Enquanto penso



Às vezes eu penso em você.
Não assim, como todo mundo pensa,
Só penso por pensar.
E tenho a vaidosa certeza de todo o nosso bem.
Seríamos lindos.
A bem da verdade, seríamos perfeitos, não fôssemos humanos.
Seríamos perfeitos.
Já perdi as contas e as notas de quantas vezes pensei em nós.
Já nem sei quantas vezes fingi não ver você no canto da cena.
Já cansei de tentar esquecer e de lembrar o tempo todo.
Não posso fazer nada.
Então me assento à beira do mundo só pra te ver passar.
E vejo alguns carros e flores,
Pouco de você e muito de outros mundos.
E no pouco que te vejo, te conheço até o fim.
Não é preciso palavras. Entendo cada não-fala nossa.
Cada movimento é um discurso infindável e deleitoso!
Eu amo divagar os movimentos!
E você entenderia nosso menor silêncio se nos visse aqui.
Dançaria e pularia tudo e tanto à nossa volta.
Seríamos lindos.
Acordo. De volta à beira do mundo, que não é o meu lugar.
Quando chegar a hora de sair daqui, se ainda não souber onde devo estar,
vou cantando e dançando entre flores e carros.
Talvez um dia a gente se encontre.

terça-feira, agosto 02, 2011

Prateleiras e balanças para Gael


Hoje é o segundo ano do resto da sua vida.
Para que você seja um homem do bem e feliz, todos desejam (especialmente hoje) que seja uma criança com tudo o que sua infância precisa e merece ter.
Mas aqui vão algumas verdades necessárias:
O tempo passa rápido demais! Ontem mesmo, quem fazia dois anos era sua mãe.
E você só existia numa prateleira do Céu, esperando o tempo certo de virar presente.
O tempo passa e não há nada que o faça parar. Você será um belo homem se conseguir entender isso.
Todas as coisas passam.
Um dia você vai ser maior que o papai e vai precisar cuidar dele, como ele cuida de você.
Várias serão as vezes em que seus pais errarão como pais, algumas vezes eles vão reconhecer e pedir desculpas (ou não), outras, ele nunca saberão. E você precisará perdoá-los em todos os casos.
Seus pais são os primeiros amigos que você teve na vida e serão os únicos a te acompanhar em tempo integral, até onde puderem, até que a força, além de suas forças, se esgote. Se você conseguir ser o melhor amigo dos seus pais, você será um homem brilhante!
Outra verdade importante é: perceber os afetos. Eles são importantes, o que passa disso é desperdício.
Perceba os afetos em todas as coisas, eles estão em tudo, como a música; e como a música, os afetos traduzem quem somos, não o contrário.
Tristezas e lágrimas são necessárias. Ninguém deseja isso a você, mas elas virão.
Te farão forte, te darão coragem e te farão mais gente.
Ser humano é ser tudo o que há de lindo e louvável, e é também ter em si todas as coisas desprezíveis. Essa balança se balança o tempo todo e traz um pouco da fragilidade que é ser humano.
Para vencer o que te afligir, por maior que seja, lembre-se do dia.
Nenhum problema é tão grande que possa impedir que o sol se levante e se deite.
O tempo vai passar por você levando com ele todas as coisas.
Você vai ficar pra ver tudo passar, vai se deitar e se levantar todos os dias.
Na semana que vem você terá pouco mais de dois anos e poderá ler que uma estranha, um dia, te escreveu algo sobre pais, prateleiras e balanças...
Exercite ao máximo sua bondade e perdoe a estranha. Seu aniversário a fez lembrar de ontem, quando ela tinha dois anos.

O Gael é filho da Nô Stopa e hoje é aniversário dele.
=)

Imagem: Facebook da Nô Stopa

quarta-feira, julho 27, 2011

Coisas que as mães sabem (tudo)


Mãe, quanto a gente chora até dormir?
E quanto dói não ter você?
Como se olha doce como você faz?
Como se entende o mundo sem precisar ouvi-lo?
Me diz, por favor, porque eu preciso saber, mãe.
E você sabe de tudo, não é, mamãe?
Você sabe assoprar o dodói como ninguém!
Por dentro ou por fora, o dodói vai embora quando você chega.
Quando você chega, mamãe?
Como faz pra ser linda sempre?
Como faz pra sofrer e ser forte?
Como faz pra saber que eu vou ser feliz?
Mãe, me diz, por favor, que eu preciso saber.
E você sabe de tudo, não é, mamãe?
Como você sabe fazer tudo melhor que todo mundo?
Por que é que o seu colo só não sara a sua dor?
Por que é que você tem tanto amor?
Por que é que a gente treme quando entra no cobertor?
Me diz, mãe, porque eu preciso saber.
E você sabe de tudo, não é, mamãe?
Todo mundo sabe disso.
Todo mundo sabe que toda mãe sabe muito mais que o mundo inteiro.
Mas você já sabia disso, porque
você sabe de tudo, não é, mamãe?

imagem: Google

quinta-feira, julho 14, 2011

Dois em um


Hoje vou falar do poeta.
É preciso entender o poeta.
Não somente este, nem aquele,
nem meus poetas favoritos.
Falo do gênero poeta.
O poeta deixa de ser homem quando poetiza.
Deixa seu corpo mortal, seus defeitos e vira poesia pura.
Somente alma.
A dor e a delícia não o deixam.
O que está na alma do poeta, o que quer que seja,
não desprende-se dele como o corpo.
E é na alma onde habitam a dor e o gozo,
as lembranças, o amor,
a esperança e, de novo, a dor.
Poeta poetizando é alma que se pena a ensinar,
mesmo sem querer ou saber.
Por isso todas as almas se rendem ao verso.
Poeta em poesia não é homem, não tem defeitos,
nem erros, nem caráter bom ou mau.
É apenas poeta, apenas poesia.
O bem e o mal se rendem à condição de poeta.
Aguardam sua alma retornar ao corpo.
Por isso alguns (ou todos os?) poetas
pranteiam seus desamores nas linhas das mãos e,
quando prendem-se novamente ao corpo,
são amados egoístas, desatentos ao amor e ao amar
- são de novo gente.
É preciso perceber o poeta
em poesia e em carne.
Dar a ele o tempo e o espaço necessários
para ser inteiramente os dois (quase) extremos.
Então o poeta terá lugar no Universo
e alguém terá, enfim, amado plenamente um poeta.

Imagem: Google

quarta-feira, julho 06, 2011

Tolice querer


Eu tento sempre fazer algo brilhante
porque você é sempre assim
A luz que tanto fala e tanto espalha
ofusca tudo em mim
E quero ser o que você precisa, o bastante
pra sermos tudo em dois, história rara
Eu quero, sim, pensar em nós
pensar que você pensa em mim
que somos o belo do simples
que o resto do mundo nos deixe a sós
Então percebo a tolice em meu peito
palavra, bobagem, besteira e dor
quem não quer ter esse direito
e viver todo amor que você dispor?
O mundo corre atrás do seu sorriso
todas querem um cantinho de você
E volto a pensar no seu brilho, seu paraíso
caneta e papel pra amarrar meu querer.

Entranhas dores


Todos aqueles olhares, tanta palavra não dita
você se desfez em mim como não se deve fazer.
Você diz tanta dor que sofre
e conta em canto os males que lhe afogam o peito
Mas levanta contra o mundo sua tempestade
Se sente tanta pena de si,
por que não pensar na dor que causa?
Tanta gente morrendo afogada
na sua insensatez
sua chuva e seu abrigo
seu frio e cobertor
seus olhos amargos não atentam pra isso.
Porque não os abre nem quer saber.
Só quer saber seus ais e seu talento.
Seu orgulho imundo por ser quem é:
Um ser humano maravilhoso
que não faz ideia de quão medíocre homem
esconde em suas entranhas

segunda-feira, julho 04, 2011

Naturalmente


Como dizer que te amo
se amar você é tão natural?
Só me restam os clichês a dizer
seus olhos que brilham,
sua beleza incomum,
seus ombros, seus braços,
seu peito e sua dor.
Eu nada tenho demais.
Nada que você já não saiba.
O que você não sabe é o que sou
além dos clichês que me cobrem.
O que você não sabe é que
além dessas linhas patéticas
eu sirvo sim
direitinho em você.
Você é que não serve pra mim.
Mas que importa tudo isso, afinal?
Você nunca saberá disso.
Porque nunca saberá de mim,
nem quem sou, nem do amor.
Restam-lhe meus clichês.
Logo, os clichês são o que nos resta.
O que nos une e o que nos aparta.
Entre tudo o que temos em comum
o que vemos e veremos é apenas os clichês.
Julgue-me ou desconsidere-me por eles.
Desconsidera-me.

imagem: Google

quarta-feira, junho 22, 2011

04/06/11 - O Teatro Mágico em Tiradentes/MG

O sábado acordou mais cedo, quase tão ansioso quanto eu que acordei às 06:00AM, ansiosa sobre como seria o show.
A saída que deveria ser às 09:30AM, deu-se às 10:40AM. Quatro amigos de BH a Tiradentes, o roteiro: chegar lá, procurar o local do show, pegar os ingressos, almoçar, curtir a cidade e voltar ao local pelo menos 4 horas antes do início do show.
A viagem em si foi uma delícia, nada como bons amigos e uma estrada de Minas pra renovar as forças!

02:00PM - Chegamos, pedimos informações aos moradores e encontramos o caminho (das pedras) pro Shopping Libertas, onde seria o show. Quando estávamos quase chegando, na pista contrária, depois da curva, apareceu um ônibus azul enorme!
"O Teatro Mágico" - gritou alguma coisa dentro de mim.
Paramos o carro ao lado do ônibus, o motorista desceu confuso, procurando alguma coisa na praça. Eram eles.
No carro: "siga o ônibus!", "Não! Vamos pegar os ingressos!”, “Eles também vão pra lá!", "Segue logo esse ônibus!" hahaha Nossos eus brigavam entre certeza e intuição! Seguimos rumo ao Shopping. Se fossem eles, fariam o caminho de volta e estaríamos lá para recebê-los. No local tinha um elefante no portão e um banner com foto da trupe. Entramos como quem não quer nada, a trupe técnica estava trabalhando a todo vapor! Filmamos, olhamos, enrolamos, fomos ao banheiro (rs), tudo pra ficar lá mais tempo, não ter que sair, mesmo que o ônibus não voltasse àquela hora. A simples atmosfera preparatória para o show era convidativa e aconchegante. Ninguém queria sair de lá.
Fomos almoçar, passeamos entre moradores e visitantes. Passeio e almoço que me pareceram intermináveis, tamanha ansiedade! Com o celular mantive o Twitter atualizado de tudo o que estava acontecendo e deixei vários recados aos amigos que deveriam estar lá conosco, mas não puderam.

04:30PM - Voltamos ao local do show. Sim, 07:30hs antes do início dele. Os organizadores pareciam parte da trupe, simpáticos e tranquilos, conversamos o quanto foi possível. E a noite chegava, a ansiedade ia me digerindo lentamente.

06:30PM - Pouca luz natural e a trupe chega para a passagem de som. Eu, míope que sou, não vi que eles conversavam com alguns outros poucos fãs (tão ansiosos quanto eu) que já estavam lá. E, quando vi, já se dirigiam ao palco. Fiquei com alguns "ois" enquanto andavam e uma foto com o Galldino. Esperança de fotos e conversa transferida para depois da passagem de som. A Tum e a Deinha testavam o equipamento lindamente, com suas roupas de inverno. Fim da passagem de som. Galldino, Fernando Anitelli, Willians Marques e Fernando Rosa foram os que consegui cercar... Sem muito sucesso, uma vez que iam jantar e haviam outros fãs ansiosos... Foi apenas uma foto dos amigos com cada integrante citado e assim descobri (da pior forma) que meus amigos têm mal de Parkinson: As fotos onde apareço saíram tremidas.
Enquanto isso o sr. Odácio ficou montando a lojinha, um doce de pessoa ele! Uma menina fofa, de olhinhos brilhantes e cabelos cacheados ganhou uma camisa do Fernando Anitelli, presente dele mesmo. E lá se foi a trupe preparar-se para o show, enquanto uma menininha esquecia o frio que sentia e desfilava orgulhosa sua camisa nova.

08:00PM - Meus amigos resolveram ter fome. "Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira." - fominha, falei. E resolvemos, pelo bem de uma fã ansiosa, comer uma pizza ali mesmo. O local ia-se enchendo a cada minuto, fãs meio acanhados, longe da estrutura montada e uma moça sozinha lá na frente, aos pés do palco, só pra guardar lugar! (quem? rs)

00:00AM 05/06 - "Só Parênt", a banda de forreggae (forró+reggae), que abriria o show duas horas antes, abre o show no horário que O Teatro Mágico deveria estar pisando no palco. Mas ninguém ligou, nem protestou, nem se importou. Todo mundo começou a pular nos primeiros acordes. O som era bom, o show era bonito, o lugar já estava tomado pelo público e o frio tentava vencer todo mundo. Pobre frio, não tinha a menor chance!

02:00AM - Depois de levantar a galera, Só Parênt termina de preparar o público para o Parto que viria. Fernando Anitelli entra no palco com o manto vermelho e "o Parto ocorre"! Festa, alegria, comemoração, sorrisos, brilho, muito brilho e cantos desabafados! Onde estavam os fãs acanhados de horas atrás? Pariram uma paixão que tomou conta de todo mundo. Eram pais e mães orgulhosos de seus amores e gritos. O show se passava dentro deles e seus olhos não acreditavam no que viam. O Teatro Mágico em Tiradentes. Era isso mesmo? Era. O Teatro Mágico estava em Tiradentes e os fãs curtiam um sonho meio verdadeiro a cada música. Abaçaiado, Deinha Lamego e Tum Aguiar soprando chamas em nós, Camarada d'água, Pena, Sonho de uma Flauta, Brilha Onde Estiver e o solo arrasador do Miguel Assis, Anitelli com Michael Jackson, Zaluzejo e a guerra vocal, os solos do Fernando Rosa, Willians Marques, Silvio Depieri e Galldino... Todos saíram do palco. E o público puxou com palmas sincronizadas: "Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você, só enquanto eu respirar...". Era (mais uma) brincadeira do Anitelli, a trupe voltou ao palco com outras canções. Um show que Tiradentes realmente merecia presenciar. Assim foram as duas horas de um show histórico numa das cidades mais históricas de Minas, sob o olhar orgulhoso do sr. Odácio, que filmou tudo lá do camarim do filho.

Abaixo fotos e vídeos dessas 26 horas que fiquei acordada:

Encontramos o ônibus d'O Teatro Mágico
Preparação para o ShowTM - trupe técnica
Trupe técnica - iluminação e setlist

Vídeo do Youtube: Sonho de uma flauta
Nele aparece a menina que ganhou a camiseta do Fernando Anitelli. Repara como ela canta apertando os olhinhos.

Outros vídeos do TM em Tiradentes no Yotube:
Amadurecência
Sonho de uma flauta - Tum Aguiar
Zaluzejo
A pedra mais alta - TM convida Só Parênt


Indo pra Tiradentes, parada num posto - rs


Homenagem aos amigos que não puderam ir.


Passagem de som


Fernando Anitelli em Amadurecência - O Parto


Deinha Lamego


Tum Aguiar


Willians Marques


Fernando Rosa, Silvio Depieri, Galldino e Fernando Anitelli


Fernando Rosa


Fim de show - até a próxima!

segunda-feira, junho 13, 2011

Você não sabe

Quem você pensa que é
pra me fazer chover assim?
Eu lhe fui abrigo e abraço
a hora que quisesse,
o tempo que quisesse.
Ainda que não tenha nunca me amado,
não tem o direito de despedaçar meu peito
só por ser o meu amor.
E enquanto a dor trovejar em mim
bradarei do meu abismo
que o seu descaso fere mais que o próprio ódio.
Quantas lágrimas você fez chover de uma vez só?
Que raio de olhar é esse seu
que troveja o céu de minha terra?
De que canto do submundo você veio
que não vê que a dor que lhe dói - se é que realmente dói -
é a mesma que espalha a todas as terras?
Chuva cor de uva pra afogar quem você é.
Você não é quem pensa ser.
Quem você pensa que é?
Que faço desse amor agora?
Se lhe mato dentro de mim, morro também.
Se lhe deixo a vida, resta-me a morte.
Derramarei toda minha chuva dentro do abrigo que lhe dei,
e no abraço que lhe encaixei.
E, mais que desejar-lhe a morte,
desejo-lhe a vida em dilúvio perpétuo.
Todas as chuvas que molharam as terras,
fecundarão as sementes de amargura que caíram
desse seu doce olhar embriagante.

Abrigo

Se você quiser eu cuido de você
Te dou um abraço, desejo bons sonhos
te conto uma história e te faço ninar.
Serei seu abrigo nos dias de chuva,
nos dias de festa, confete e asas.
Sim, asas.
Te dou um par delas pra ter você meu.
Se você quiser, se fizer acontecer,
se deixar ser como deve ser.
Te deixo pensar quem ganha de mim,
e rio dos sustos que me fizer chorar,
e rio dos rios que nos levam pra longe.
Jamais seremos o mar que sonhei.
Mas, se você quiser,
transponho meus rios e acho suas águas.
Me afogo e me apago às suas margens.
À mercê da sua vontade, se apenas você quiser tudo,
e mais outro tanto, e apenas nós.

O segredo

Muito prazer, sou quem falta do seu lado.
Do tamanho do vazio do seu peito,
posso te fazer sorrir de nada,
perder os olhos à janela,
corar a face e esquecer palavras.
Muito prazer, sou o par perfeito pra você.
Mas você não pode saber disso.
Nunca saberá.
Talvez me veja, um dia, sem querer,
sem nem saber que somos tanto e tudo,
e vou partir sem que você relute,
nem sequer lute, nem sofra.
Você vai sofrer o vazio que deixei,
mas nunca o que preenchi.
Porque não o preenchi, não o preencherei.
Você nunca vai saber quem sou,
nem a falta que lhe faço.
Porque nunca vai saber tudo o que sou,
nem tudo o que seríamos juntos,
nem quantas vezes sorrio de nada pensando em você,
perco os olhos à janela,
suspiro você lá,
coro a face e me escondo,
esqueço toda a gramática!
Vê que não me sinto nem me acho como parece?
Me perco em você, nos seus olhos, seus dedos,
seus pés, seu caminho.
Sinto uma dor,
suspiro e lamento você nunca saber quem sou.
Perdão.
Não me tenha por efêmera ou supérflua.
Coro só de pensar em te dizer tudo isso.
Jamais falaria, jamais falarei.
Tantas outras pessoas especiais cruzarão seu caminho
e você jamais saberá que a saudade no seu peito
é por quem nunca se aqueceu nele.
E que também sinto saudade de você.

Um amigo bem importante


Eu hoje me lembrei de um amigo bem importante.
Não que tivesse me esquecido dele, de forma nenhuma.
Mas é que, às vezes, a saudade vem e me bate bem forte e me faz rir dos arranhões que deixa.
Meu caro amigo, hoje me lembrei de você: Dos piores exemplares de XY que já conheci! Mas, como amigo, a gente sempre releva todas as coisas.
Sua viramundice vezes está a seu favor, vezes contra você.
Lembra quando você disse que fui, um dia, um torturador ou diretor de CC (não vou explicar a sigla no mural – kkk), e que esse dia não estava num passado tão longínquo??? Kkkkkkkkkk
Cada coisa que você me arruma! Milk Shake que vem com cimento, retrovisor colado com fita crepe, eu que deveria vir com adesivo “Watch me sing” na maçã do rosto ¬¬’
Enfim... Qualquer coisa simples e (MUITO) besta que me faça ver como nascemos pra ser amigos/irmãos/companheiros de guerra, mesmo de longe. E como vivi 19 anos da minha vida sem você? Também não sei. Mas deve ter uma explicação científica bem parecida com a de “Como vivo depois dos 19 anos longe de você?”
A explicação é muito simples: Internalizando você.
Sim, talvez você já estivesse em mim e eu em você, desde sempre, a gente só não sabia.
E não me venha dizer que isso não tem lógica nenhuma, porque você simplesmente não tem a menor lógica!
E o gerador cerebral de pensamentos inúteis aleatórios e a Dis.Co.Mu.N.Al. – Disfunção Comportamental Multipolar Neurada Aleatória??? Superpoderes que comungamos e compartilhamos seus respectivos fármacos! Kkkk Sem me esquecer de meus Raio XX e superaudição!!!
Poderes que talvez eu já tivesse antes e você simplesmente me mostrou que eles sempre estiveram aqui como você.

Para Felipe Teles ;*

quinta-feira, junho 09, 2011

Iza (Belinha) Freitas

Queridos leitores e leitoras, conto com a compreensão de vocês novamente.
Aqui vai mais um post em homenagem a alguém.
Com um pouco de remorso, por não tê-lo escrito antes, deixo de dedicá-lo à sua legítima dona para dedicá-lo aos que a amam.
O nome dela é Izabela (Iza ou Belinha, para os amigos) Freitas. E, por pura ironia do destino, o post não vai pra ela, mas para seus pais, familiares e amigos.
Não fui sua amiga, acho que ela nem sabia da minha existência, mas quando pensava nela, tratava como "Iza", peço licença para que faça assim também aqui no post, sim?
Eu conheci a Iza (adivinhem) pelo O Teatro Mágico. De tanto ver os posts dela no Twitter, sempre ria dos RTs que eles faziam dela.
A Iza tinha uma doença congênita grave, eu não sei muito mais sobre isso, mas não importa. No dia 21/05/2011 Deus chamou a Iza de volta, sentiu saudade dos abraços dela e mandou um anjo (bem lindo e cheiroso) buscá-la.
Acredito que algumas pessoas são mesmo mais especiais que as outras e que todos temos algo a ensinar às pessoas que nos cercam. A Iza soube, sem dúvida, reforçar essas minhas convicções. No pouco tempo que "a conheci", nunca a vi reclamar nem se lastimar de nada, antes, ela sempre tinha uma piadinha irônica ou uma crítica camuflada. Às vezes, até sem querer ou perceber.
no texto "Se eu andasse", sem usar essas palavras ela diz "ACORDA, VOCÊ ANDA!"
A espontaneidade exalava dela, por isso muitas pessoas a queriam bem.
Meu preferido é "Capítulo 30". Um verdadeiro Universo descortinando-se bem diante dos olhos. E que bom saber que ela teve sensibilidade para ver todo esse Universo!
Outra convicção que sempre tive é de que "Deus dá filhos especiais a pais especiais", a visão que a Iza tinha de si e da vida era formidável, mérito principal dos pais dela, com toda certeza. Sem falar na dedicação deles, coisa que só pai e mãe sabem bem o que é.
A vida e a história da Iza só foram e são tão interessantes porque outras vidas se achegaram à dela. Foram essas "chegadas" que tornaram a vida dela móvel, mutante e rica. As histórias e os casos que ela contava, os tweets dela (rs)só existiram porque ela tinha pessoas com quem repartir toda essa graça. A família especial que ela teve naturalmente e a família que ela pôde escolher pra dividir a estrada.
É fácil perceber que a história da Iza conta também a história de seus pais, de seus familiares e de seus amigos.
O que lamento é não tê-la conhecido, nem feito nada pra que ela soubesse que em BH eu realmente admirava tudo isso.
A gente tem o custume de honrar e homenagear as pessoas depois que elas partem. Por que não fazemos isso antes, enquanto elas podem responder?
Não seria ótimo? Eu adoraria ter um comentário da Iza, mas enfim, vivendo e aprendendo a andar.

quarta-feira, maio 25, 2011

Com sua licença...

"Sem horas e sem dores" (Sempre no clima d'O Teatro Mágico ;D)
Com toda a sua licença, mas eu ontem recebi um presente.
Lindo presente, do meu amigo, irmão, palhaço, poeta, músico, o Rei.
Quero compartilhar com vocês.
Alegrem-se, porque eu não costumo compartilhar presentes.
Abaixo imagem do texto original e no fim do post o link para o blog dele.
Meu querido, muito obrigada pelo carinho e pela amizade, pela irmandade (?)
rsrs
Te desejo toda a felicidade e todo o sucesso do mundo!
Você tem meu aval pra realizar seus projetos como quiser ;D
Só não se esqueça de se lembrar de mim em alguns deles, tá?!
=*



E ela veio ao encontro de um menino
Curiosa pelo doce som do violino
Um sabio sóbrio nos embebedou de carinho
Nos entregou a rosa, entregou espinho
A mineira da maneira que chegou
Me alucinou com poesia que ficou
Guardado na janela da minha alma
Me salva e engrandece, jeito doce que me acalma
Palhaça, poetisa que não poetisa
Rabisca palavras, abisma o medo
Rosto angelical que conduz aos sonhos meus
Será qie ela veio a mando de Deus?
Acho que não entendo o que ela diz
Perdi a timidez ao te ver feliz
Acho que perdi o medo de ser assim
Me perco nos meus sonhos para poder te achar, enfim
Acho que estou gostando de te amor
Perdi a vergonha de dizer ae você não gostar
Acho que não aguento mais. Tenho que falar
Me perco em você pra poder me achar em mim!

Uma homenagem a moça que conheci a pouco, e pouco a pouco, foi ganhando um espaço no meu coração para finalmente ganhar um espaço nessa pagina! Um dia nos conheceremos pessoalmente! :D

Por Reinaldo Rodrigues
Esta e outras peripécias de meu querido Rei aqui: http://ocolecionadordememorias.blogspot.com/

terça-feira, maio 17, 2011

O estranho amor


O problema de amar é não ter receita pra isso.
Não dá pra saber quantos olhares lançar no horizonte,
nem quantas vezes suspirar de saudade.
Os batimentos cardíacos parecem panelas caindo no chão,
e a gente fica estabanado.
Bate dedo, bate porta, esquece fogo aceso.
Esquece a vida inteira pra pensar em alguém.
Amar é cozinhar de olhos fechados,
a gente nunca sabe no que vai dar.
Só a lembrança do cheiro da pessoa amada abre o apetite da gente.
E quando ela chega o estômago se embrulha todo de presente.
Dá um buraco no peito, uma dor estranha...
E quando a pessoa amada chega é como se a gente queimasse a língua.
Fala tudo errado, tudo embolado,
ensaia palavras que teimam em não sair
e estampam uma cara de bobo na cara da gente.
Amar é realmente estranho, parece febre.
A gente fica mole, com a vista embaçada... e delira!
O amor é piada que só a gente acha graça.
E passa o dia inteiro rindo sozinho, passa sozinho na rua rindo de nada pelo canto da boca.
Amar é a coisa mais estranha do mundo.
Mas quando a gente ama, a gente não liga muito pro mundo.

segunda-feira, maio 09, 2011

Um amigo e dois poetas palhaços



Eu tenho um amigo que nunca vi.
Um amigo de infância que conheci há pouco
Meio irmão, meio eu, meio poeta e meio palhaço.
Sua força de menino chegou com certo som
Com um tal bom poeta, outro menino grande
E, mais dia, menos dia, me pus a olhar os meninos.
Vezes um, vezes outro, vezes os dois de uma vez só.
Desamassaram meus rabiscos,
Rabiscaram meus abismos,
Abismaram meus papéis.
O poeta me trouxe um amigo,
O amigo me traz um menino poeta e um menino através do poeta.
Eu tenho um amigo! Que mais precisaria ter?
Meu amigo me é ombro e olhos, ouvidos e dedos.
Somos irmãos que nunca se viram.
Somos amigos que não se separam.
Somos amigos.
Graças ao poeta, graças a Deus e graças à vida.
Que me deram um amigo por mero acaso do destino.
Eu tenho um amigo menino poeta palhaço
que ouve, e sabe, e escreve, e harmoniza.
Silêncio.
Meu amigo precisa de colo e no colo se fala e se dorme.
Silêncio. Ele está falando e ele vai dormir.
Viu? Adormeceu o menino.
Mas faça silêncio ainda.
Poetas, palhaços e meninos sonham de olhos abertos e fechados.

quinta-feira, maio 05, 2011

Anjo, estrela e palavra


Obrigada, sorriso por chorar junto a mim
E agradeça a teu berço que te fez querubim
Agradeço tudo e tanto quem te trouxe a me sorrir
teu sorriso é teu manto, teu olhar que faz dormir

Forte estrela, brilha longe
gira e muda de lugar
E colore minha vida,
mostra onde devo estar

Meu anjinho de segredos
tudo tem nas suas mãos
Meus desejos, nossos medos
todos presos na canção

Imagem: Google
Para: Thati M. Prado

quarta-feira, maio 04, 2011

Licença e Equilíbrio


Peço licença aos leitores para postar um texto que não é meu hoje.
Este foi escrito por mais que uma amiga, um presente de Deus na minha vida.
Uma luzinha que não me deixa nunca fechar os olhos.
Dona de uma amizade que, mesmo com toda nossa humanidade, está sempre "aqui" nos momentos mais difíceis e também nos mais fáceis.
Uma daquelas pessoas que não entram na vida da gente por acaso.
Trata-se da Thati, mas você pode chamá-la de Thatiany. Com Y no final, por favor.
O texto foi postado no blog dela http://thatianyprado.wordpress.com
E feito para mim (é, eu sei!):

Equilíbrio

E é no teu riso e tua gargalhada,
que escondo os mais profundos encantos
do sonho que encanta os meus pensamentos.

É na sua versão da idéia,
que nasce a minha cheia de turuletas.
E você gosta disso.

É na sua dificuldade,
que encontro a minha oportunidade.
De cultivar uma verdade oculta.

E é no seu canto e aprontos
que me divirto, administro e equilibro,
este sentimento de amigo que vive dentro de mim,
por você.


O link para este texto é http://thatianyprado.wordpress.com/2011/05/04/equilibrio/

E a foto é muito pertinente! rsrs
Fica aqui registrada minha gratidão por tanto carinho, por tanta amizade, por tantos ouvidos e ombros prestados.
Por tantas sorrisos que superam todas as caras fechadas e lágrimas.
E, acima de tudo, minha eterna gratidão a Deus por ter colocado você na minha vida no tempo e espaço perfeitos para o plano Dele.
Muito obrigada.
Amo vocês!

Foto: Arroz com feijão (amarelo) - Google.

quarta-feira, abril 20, 2011

Súplica @pravcagain³


Desejo-lhe, nobre sombra que assombra meu céu.
Que me deseje, que me queira, que me busque, que me ame.
Desejo. Incessantemente.
Que sejas meu, de ninguém mais.
Que teça em meus galhos qualquer teia que nos lace.
Prenda-se a mim.
Busque-me, sonda-me.
Seque-lhe a garganta qualquer sede delirante por meus mananciais.
Envolva-se, encante-se, perca-se em mim.
Não busque à janela, ou pelas ruas, ou pelas praças...
Não deixe-se levar por possíveis amores e noites.
Vê que a teu lado desfaço-me, desdobro-me
por teu inteiro, teus pedaços, tua alma apaixonante.
Esqueça-se do mundo, ignore todos eles.
Perca-se em mim e deseje nunca se encontrar.

segunda-feira, abril 18, 2011

Viva-me ou deixe-me morrer [[@vcdenovo --']]


Já não me doa a alma, poeta!
Que assim se esfarela a vida em mim.
Já não me sejas quem és, mas quem desejo.
Já não me inunda de ti e deixa-me a vida.
Já não sorria, já não exista, já não more em meu peito.
Ou, antes,
viva em mim, sorria para mim, exista por mim.
Então teremos a melhor poesia - a vida.
Ou enfade-se meu ser de tuas letras,
e canse-se meu peito do teu.
E deixarei livre de cascalho o teu caminho de gente.
Absorva eu toda a dor e todo o pranto,
encha-me a alma de sombra e cinzas.
Viverei por dentro todas as trevas que me assolam e morrerei.
Matar-me-ás sem sofrer ou perceber
e quando enfim afogar-me nas águas de tua tortura,
serei novamente quem fui há tempos.
Poderei ver-lhe não meu como penso, mas tu como és.
Que não me amas, que não me queres, que nem me vês assim quem sou.
E como dói a verdade em minhas entranhas!
Ainda me repuxam e lembram "Não lhe ama! Não lhe ama e não lhe ama! Nem sequer se lembra de ti!"
E choram meus órgãos, meu peito, meu lado esquerdo.
Choram meus olhos por dentro, franzindo o semblante por fora.
Mata-me lentamente, delicie-se na minha dor,
que estando ao lado teu sofrendo e amando
morre em mim toda a dúvida de teu olhar.
Mata-me de olhos fechados para que eu não pense
que na verdade não matas-me, mas internaliza-me.
Ou internaliza-me de fato e expira-me para que eu viva.
Lava-me as feridas que o tempo se incubirá de fechá-las.


Título: Reinaldo Rodrigues -> @Rei_LV
Obrigada por tudo, amigo! ;) =*

colchetes do título: esta que vos escreve.

sexta-feira, abril 15, 2011

Precipício de ti, @pravcagain²


Consome-me e viverei,
devora-me e serei inteira.
Me toma, me trama, me trança.
Faz de mim pedaço teu,
teu corpo extensão do meu,
brilha tua alma no meu breu.
Ensina-me os passos que levam a ti.
Desejo-lhe com meus olhos, boca e ouvidos.
Teu nada enche-me de vida.
Se me deres tudo, terei então teu ser em mim.
Não serei eu, mas tua.
Terás de mim todo o inteiro, todo o íntimo.
Verás meu desejo consumir-lhe o fôlego.
Verei, à noite, teu corpo cansado, suado, deitado,
deleitado ao lado meu.
Verás que sinto em mim o vulcão do mundo
e apenas teus olhos o podem adormecer.
Terei todo o amor latente, ardente e delirante
acalmado e sereno no sol de teu céu.
Leva-me ao céu.

Pra você, @... #again


Porque hoje sei que te amo
paixão ardente, latente e relutante.
E bem sei que não sabe
o quanto que lhe quero,
o quanto que desejo seu abraço,
seu braço, seu peito, seu afago em meu cabelo.
Queria eu te amar até o fim
pra ver se há um começo em você de mim.
Porque não sei te amar sem te querer
salivo assim buscando teu gosto,
teu corpo, deu dorso, teu peito em mim.
Não quero perdê-lo e, quando acordo, lamento,
não vendo na verdade tudo o que seu sinto.
Porque te desejo até os pés,
migalhas de estrela que pintam teu caminho.
Carinho, juntinho, cheirinho de você,
te quero em mim, enfim, sem fim.
Meus olhos te consomem, meus sonhos te beijam,
meu corpo te abraça longe de mim.
Não posso viver sonhando, esperando,
seus olhos pousando aqui.
Nem devo dizer tanto que lhe quero,
tanto que desejo teu beijo, teus lábios,
teu eu em mim.

domingo, abril 10, 2011

Atualmente


Ando numa fase de dedicatórias, ja notaram?
(sei que sim)
A culpa é das pessoas a quem dedico os textos,
que me fazem assim e tenho que repassar o bem a elas
(porque o bem a elas pertence, não a mim).
Bom, quantas eu já dediquei contando com a de hoje?
Umas... 4? Ou 5.
Contei 4.
Isso sucessivamente, né? Porque tem as dedicatórias esporádicas anteriores.
Bom, este post é só pra avisar que essas ondas não devem ser eternas.
(eu acho)
Mas, enquanto elas vierem, estarei no fundo de cada uma delas.
;)
Bom domingo pra todo mundo.

imagem: medicinasaudeevida.blogspot.com

Pra você, @galldino


Eu hoje te vi, pequena luz macho,
cantando e sorrindo seus dons de estrela.
E é tão bonito te ver assim...
Tão bom fechar os olhos e te ouvir...
Te conhecer sem nunca saber quem é
e ver no mundo feixes de luz caírem de seus passos.
Eu hoje te vi, não sei o que é.
Luz, brilho, poeira de estrela, piscadela do sol,
amante da lua.
Porção de ternura no infinito,
sonho que canta a alma da gente,
chuva que lava o choro de dentro,
silêncio que vem depois do sorriso.
Eu hoje te vi e me vi sorrir
Sorri ao saber quase nada seu
E te ver, tão amável que é.
Eu nada tenho demais,
mas sonho o tudo e o melhor
pra você.

#webcanja 09/04/11