A falta que me faz escrever
É dilacerante.
E fica mais impossível à medida em que o tempo passa.
Não dá pra esquecer mas, se ficar muito tempo sem, a gente acaba caindo.
Tem quer recomeçar do zero.
É sentimental e orgulhoso.
As palavras sabem quando são amadas. Quando são abandonas também.
E é preciso (re)conquistar a confiança delas a cada frase.
Têm orgulho de si e de seu ofício.
É apaixonante.
Escrever e amar são, em suma, a mesma coisa. Ler também.
É viciante.
A gente quer mais, mais, mais e mais. E a vida leva pra longe, deixa tudo em caixas lacradas no armário.
E é preciso lutar contra a vida, entrar no sótão escuro (em noite de chuva, sozinho em casa), abrir o armário, tirar todas as caixas e encontrar as letras.
Uni-las novamente. Unir-se a elas. Fazer-se um só com as palavras.
Não deixá-las morrer.
Porque é suicídio.
Se escrevo é para afogar as mágoas do peito e ver nadarem as ideias da mente.
quinta-feira, setembro 26, 2013
Sobre compor
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