segunda-feira, dezembro 17, 2007

Muita surpresa e dois dedos de varanda


Eu sempre soube que o mundo dá voltas,
já fui e voltei com ele algumas vezes...
Mas agora ele parece fazer graça comigo,
ri de mim em qualquer esquina.
Eu só estava lá, sentada na varanda depois de tanta chuva!
Não queria nada, nem ninguém
nem falei coisa nenhuma, nem queria me levantar.
Mas quem disse que a vida me deixa?
Porque ela chegou em silêncio, sem deixar o ar diferente,
e quando eu menos esperava saltou sobre mim com uma força incrível!
E me levantou, e me balançou, e deu voltas e mais voltas no mundo!
Me levou com ela e sem mais nem menos eu ri, me confundi, consertei, deixei pra lá.
E assim que as águas se acalmaram e o tempo voltou a si, eu me assentava novamente pra ver todo mundo passar.
Mas sem que eu quisesse, sem que eu pedisse, sem que nem mesmo esperasse
qualquer semente atravessou qualquer distância, só pra me fazer encontrá-la.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Tranquei a porta, te olho da janela


Eram tantas coisas a dizer, memórias de um dia sem sol.
A vida anda balançada por aqui, há nuvens e vento lá fora pedindo pra entrar.
Surpresas chegaram com os dias, coisas da vida, corriqueiras e sagazes, sem muito assombro.
Mas eram surpresas e abriram meus olhos, me causaram espanto, trouxeram risos e receios.
Há vida em mim apesar das nuvens, mas em questão de segundos ela se esvai e entra o vento, e leva toda a vida, e leva tudo em mim.
A fragilidade sempre me foi companheira. Mas enquanto nada acontece a vida segue, caminha e desliza alegremente esses campos cômicos e assustadores da delícia de existir.
Bom dia, surpresa! Que tem a dizer hoje?
E então, que hei de fazer? Nada dá certo se faço, apenas sofro o que a vida faz por mim... E olha que ela me tem feito sorrir! Cantar ao vento, dançar na chuva, correr o tempo sem tempo pra voltar!
Deixe que a vida sabe o que é que faz!
A mim cabe apenas não perdê-la de vista e deixar coisas sem dizer, escondê-las na mente e trancar a porta, vai que as nuvens sabem girar maçaneta!

terça-feira, novembro 27, 2007

Dizer para quê?


Ah, se fosse fácil
dizer estas coisas que a vida sussurra
Tantos sustos que o vento me traz
capazes de fazer rir e chorar
Dias difíceis, de vãs aspirações
Dias fáceis, de papo pro ar
Dias tranquilos, de água corrente
A vida tem tanto a viver
Nem dá tempo de contar...
E faz bem envelhecer
ver que o tempo trouxe
além de vento, algumas rugas sábias e caladas
que só se nota no silêncio
só se ouve sem dizer
mas quem quiser tocá-las
toque então minha alma
e caminhe comigo alguns bosques
e leia em meus olhos o que há no fundo
e assim não necessite dizer nada

quinta-feira, novembro 22, 2007

Minas Gerais


De carona nessas nuvens levo a vida como dá.
São lembranças bem guardadas e um universo a se abrir pra mim.
Canção de sonhos em movimento, som das águas e do vento.
Neste horizonte eu sigo a voz da paz, do bem, da vida.
Belos montes e colinas pra correr, um tempo alado
e amores que florescem na estação.
Essa é a visa de quem sabe aproveitar o mais belo tesouro
dessas minas, ir e vir com BH no coração.
Seu centro cheio de cons e cores, florescer entre asfalto e ferro,
e fogo, e água, e sol, e nuvens que transitam este céu assistem vivas o encanto desse enorme vilarejo.
Amor, amigos, verde, vôo, vento tempo, muita história,
tudo é fácil "de" encontrar aqui. Mas se achar difícil, pergunte aos pombos da Praça da Estação.
Todo dia é noite de mistério
E as noites só terminam quando o bem-te-vi se cansa de esperar
e canta um sonho numa bela sinfonia de sorrisos e bom dia!
É a vida renascendo em BH!
Vem nessa nuvem que eu te mostro toda a mágica desse lugar.
Santa Luzia, outro clima pra sentir na veia os dias, privilégio de quem pode suspirar.
Vem que eu te conto qualquer conto na cidade das Raposas, onde há dois ponteiros girando pro lado errado, pra fazer voltar um tempo sem pecado.
E na Contagem das Abóboras pode ser que falte aquela quem um qualquer pegou pra carruagem de uma Cinderela sem choffer.
Então deixe o sol entrar pela janela e vem correndo conhecer o paraíso entre montanhas, que a vida aqui não espera nem te deixa sentado na estrada. Por ela ou você vai, ou você volta, mas ninguém nunca deixa de viver amores de Minas e colher amigos neste lugar.
Que maravilha é viver assim... De carona nas nuvens, levando a vida como dá.

terça-feira, novembro 13, 2007

Por uma tarde


Quero te olhar e dizer
coisas que nem eu sei
segredos que nunca vi
enterrados nas areias de mim
Frases sem nexo para a razão
apenas na mente de quem não diz
Quero te olhar e não dizer nada
ficar parada e deixar os olhos
tomarem meu ser,passando
uma mensagem simples com ar de singeleza
Quero te olhar e só te olhar
até que teus olhos estejam
no mesmo tom e soltem
amores perdidos nas calçadas
e fiques vermelho como eu
e deixes a tarde correr
para o mundo, se arrastando pra nós.

A espera


"Palavras já antigas, esquecidas em uma agenda. Adoro esquecer palavras assim..."

Vem, fala comigo
me diz que pode ser
diz que dá, diz que tá tudo bem.
Diz que tudo bem, que a vida pode ser assim
sonhar é viver
Olha a vida lá fora
chamando a gente pra sair
corre
Vem, me olha
me diz alguma canção
vira essa rua, muda de estrada
pra gente seguir e cantar
porque hoje há peixes no ar
e alguns anjos no chão.

sábado, novembro 10, 2007

Desejos de um dia


Vem, quero dizer uma coisa
estilhaços ao chão, futuro na mão
só pra quem faz
Olha, estou logo ali, depois do vento
Pára. Olha pra lá
correr não vale
vem e sopra
Sopra as estrelas pra ver no que dá
queria te ter, não nesse mar
Nada, só tempo àtoa pra refrescar
Prova, falta vida nessa receita
Vem, vive comigo alguma coisa
qualquer cor, qualquer lugar
Qualquer esquina que te faça sorrir
um canto de mundo, camisa preta.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Passa-tempo


Incrível como as coisas mudam facilmente!
Somos seres loucos, inconstantes e insensatos.
Mas quem disse que isso é ruim?
Às vezes a vida precisa de coisas assim...
Dar de cara com a parede para abrir uma porta nela, morrer por banalidades para renascer mais tarde.
Graças a Deus por sermos seres que aprendem imitando e apanhando!
Porque se assim não fosse, como seria cinza essa vida!
Hoje é fácil notar que tudo o que me aconteceu era uma simples equação, um jogo de lógica para resultar no que sou hoje. E como estou melhor do que ontem!
Que privilégio evoluir ao longo do tempo!
Aleatoriedades desta vida nada mais são do que vaga-lumes perambulando pelo existir escuro de nossas almas.
Resta apenas escolher sofrer ou não. Mas isto se aprende com o tempo e deste privilégio ainda tenho muito! E se não tivesse não daria tempo de escolher, deixa como está que na próxima curva eu mudo de idéia.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Rimas Sôltas


Coisas que a vida não espera e de repente acontecem, vapores de música cortando o céu.
Como somos frágeis! O mundo em redor parece tão grande! Os sonhos de vidro caíram ao chão, pó de estrela nas calçadas, tons de sorrir em vão.
Ai! Que a tristeza resolveu morar comigo! E enquanto é tempo os vizinhos estão de partida!
Tempo, que tudo detém em seus maus e fortes braços, leva-me até o outro lado da rua, pra que de lá eu veja o céu.
Azul cortado por grades escuras, tentando compor um choro qualquer.
Ai! Que a vida aqui vai fraca demais! Sem cheiro de chuva, só água lá fora querendo lavar a solidão.
E a vida que um dia cantou pelo mundo, só quer um travisseiro e uma ponta de escuridão.

Uma chuva qualquer


Era um tempo morno, cheio de vãs aspirações.
A ansiedade me rodeava como agora rodeia minhas mãos.
Os olhos que me olharam não me viram e até agora os sons que me tocam não me ouvem.
Estava uma noite fresca e calma, pra contrastar as mornas sombras em mim.
Então fez-se raio na madrugada, cortou o salão sem que eu visse.
Sorriu. Ensaiou algumas tímidas palavras, meio sem vontade de nascer...
E então vi, li, reparei cada detalhe, cada expressão.
Na cena que se fez a voz se calou. Balbuciei qualquer sílaba tentando manter a pose.
A chuva veio lavar a ansiedade que me sujou por inteiro.
Um "até logo" me foi jogado meio sem vontade de viver...
Seu rosto estava longe, desceu as escadas em busca do tempo...
Outros olhos me viram, me acharam nas gotas humanas. Sorriram e falaram, mas que tenho eu com eles? Que tenho com os seus?
Mais tarde a chuva correu fina e os raios maus lembraram tudo outra vez, também havia trovões, mas não pude decifrar o que diziam...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Dias ruins


Hoje não é o melhor dos dias. Não quero falar de coisas boas, não posso.
Me veio uma gradativa tristeza em decorrência de algumas coisas, pra melhorar, ainda assisti a um filme horrível esta tarde.
Tenho vontade de dizer coisas chatas. Acho que é como acordar de madrugada sem o cobertor.
Talvez eu me importe demais com as coisas, ou as pessoas se importem de menos.
Em todo caso é como estou hoje, chateada, com algumas coisas na mente.
Sim, hoje tenho idéias e opiniões na mente, mas quando tento expulsálas pelos lábios elas se rebelam, sentam-se numa enorme greve e fico com cara de boba pra mim mesma.
(Não pense que eu as diria para outro alguém)
Busquei algumas músicas, sons que me acalmem os nervos, que me digam discretamente que as coisas vão ficar bem, que tudo vai passar. Sem chance, as coisas chatas destes últimos dias tomaram meus ouvidos e olhos. Levam-me facilmente a cenas ruins.
Assim escorre o tempo, sem eira nem beira, correndo de mim porque ninguém gosta de sentar-se ao lado de alguém chateado. Principalmente eu.

sábado, setembro 01, 2007

Cardio-Mecânica


A estrutura desta crônica estava salva em meus rascunhos para um dia sem muitas palavras. Hoje soprei sobre ela, juntei algumas letras e assim se fez. Espero que gostem!

Sei lá como funciona a gente!
Há alguns dias venho pensando coisas estranhas, imaginando situações que não me parecem boas.
Hoje acordei com saudade de coisa nenhuma.
Um aperto que vem lá do fundo dizer que alguém faz muita falta.
Acontece que eu não sei quem é esse alguém.
E já disse isso para o aperto, mas ele cisma em apertar ainda mais, teimando em me ver confusa.
Comecei pelo básico, família, amigos e parentes que se foram, amores que desatinaram pelo caminho, amigos distantes, paixonites agudas e crônicas.
Conforme apareciam as pessoas me vinham alfinetadas lembrando tempos e suspiros.
Mas nada que desse sentido a essa saudade.
Pensei nas coisas estranhas. Talvez tenham alguma ligação com essa saudade que me cutuca enquanto escrevo, mas nada confirmado.
Depois de muito raciocínio cheguei à três conclusões:
1) Preciso domar meus pensamentos;
2) Hoje sou a pior companhia do mundo;
3) Troco meu coração de carne, semi-novo em ótimo estado apesar de algumas fortes emoções vividas. Sem tendência a problemas cardiovasculares, nada de cafeína, nem sinal de arritmia ou problemas graves. Alegra-se com boa música, dança e fotografias. Entretanto precisa de ajustes,apega-se facilmente, tem gravador de decepção e uma terrível mania de saudade além, é claro, de nunca dizer o que quer. Quem se interessar, procuro um coração de pedra e/ou aço blindado, mas estou aberta a negociações.

sábado, agosto 25, 2007

Um velho amigo meu


Devo me deter num detalhe de anteontem, mesmo dia em que O vi.
É que só hoje couberam em minha mente letras dispersas, sem imagens que levam-me a vê-lo novamente.
Enfim, anteontem foi um dia feliz!
Cansativo, sim, mas também feliz!
Porque vi um velho amigo. Não um amigo velho (pra quebrar o galho dele), um velho amigo sim.
O dia corria como os carros, os carros como foguetes e os foguetes como raios, mas anteontem não havia raios.
Porque anteontem foi um dia feliz e o sol, pra combinar, brilhou como o faz em dias assim.
Eu estava cansada e havia muitas coisas a fazer, minha mente retomava sua lucidez depois de ver um certo alguém. Eu andava distraída pela rua, balbuciando coisas banais ao meu irmão. Entramos no prédio, tomamos o elevador, sentamos no sofá, abri a revista e vi meu velho amigo!
Está magro, alto, de branco, com um belo e cansado sorriso!
Não mudou absolutamente nada!
Há tempos não o via! E peço licença a quem puder cedê-la de me alegrar em vê-lo. É que é pra mim um amigo, um bom e velho amigo.
Esse tempo não nos permitiu conversar muito, mas resolveu dar uma trégua pra dizermos "bem, obrigado".
Luzes não piscaram, pássaros não cantaram -não cantam mais em cidade grande.
Falamos de dente, de bicho, de gente, de planos, citei meus escritos, sem resposta até então; mas nada muda o fato de me ver feliz pelo simples e singelo motivo de que vi um velho amigo meu!
Depois o dia escorreu como água de rio, nem vi pra que lado foi.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Desarmônica


Eu ontem estive andando por essas ruas entrelaçadas da cidade.
Ruas cheias de dúvidas, de curvas, de pessoas com mentes vazias.
Engraçado como ares têm o estranho e fascinante poder de me assombrar.
Há tempos me esqueci, voei com a alma pela terra e segui respirando calmamente. Ontem o vi.
Estava a viver como todos e qualquer um, seguindo seu ritmo.
Sorriu a um e brincou com outro entre passos e papéis.
Me vi diminuir, quase sumi. Senti atabaques à minha volta, cantores de Rock de um lado para o outro em meus ouvidos, quebrando tudo o que havia lá dentro. Estava dentro de um Kamikase, ou uma Montanha-Russa invertida e cheia de lupes.
Não o vi de susto, senti seus passos.
O pobre Braga não teve escolha, começava a narrativa e eu interrompia, virava o rosto, cruzava as pernas... Se recomeçava de onde parou eu me perdia, viajava no ambiente e tinha que reler todo o parágrafo! Fechava e abria o coitado sem dó nem piedade. Troquei o livro, precisava de meu amado, Vinícius derramaria algum bálsamo sobre mim. Mas ele não estava. Não saiu comigo ontem.
Drummond ofereceu-me humildemente sua boa vontade. Aceitei como falta de opção, com um sorriso mais laranjado que amarelo. Não adiantou. Eu tinha um maremoto por dentro, como se Beethoven quisesse tocar sua nona sinfonia ali, dentro de mim.
Imagine um gênio surdo e eufórico. O próprio Beethoven, em uma de suas tempestades melódico-pessoais (a expressão não existia, mas passou a).
Assim estive ao vê-lo em sua simples obrigação natural de viver uma quinta-feira.
O mundo começou a girar para o outro lado mas eu só tive competência para retomar meu querido Braga conforme a cínica melodia automática conduziu meus movimentos, fazendo-os desavisados com um toque sem graça e fútil de desconhecer.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Deus,


Ainda que eu busque em outras fontes, que meu coração se volte contra Ti...
Ainda que eu faça de minha vida um nada e enterre os talentos que o Senhor me deu...
Ainda que em meu coração eu diga que tudo sou e tudo fiz, e se apague dentro de mim o Teu Espírito...
Não poderei dizer jamais que não soube de Tua grandeza e de Teu infinito favor para comigo.
Por isso, livra-me de mim, para que eu saiba sempre que Teu amor e Teu carinho são indispensáveis ao meu equilíbrio vital e ainda, que teu favor não me alcança pelo que sou, mas apesar do que sou.

quarta-feira, julho 25, 2007

Música e Movimento


Não sou poetisa, preciso pensar muito para ser uma e acho que nem levo jeito para.
Mas confesso que andei pensando um pouco sobre música e movimento com um certo lirismo hoje.
Eles andam sempre muito unidos, como velhinhos que há anos são casados.
Mas velhinhos com tanta (ou maior) vivacidade que um jovem mal pode imaginar!
O movimento é único em si, trabalha por si e para si. Leva consigo uma chama, uma expressão de momentos e estados não de espírito, mas de corpo. Estados de corpo que variam, que mudam de opinião facilmente.
A música é como o vento, leva o movimento nas notas, convida os sons para um passeio além do mundo, forma-se lindamente entre tons.
Mas cada um independe do outro! Apenas coexistem e interagem sobre o mesmo teto por opção. Opção esta que não consiste em ver-se completo, mas em enriquecer a nobreza do outro.
Não que isto soe como poesia, mas para muitos que ouviram a nona sinfonia de Beethoven ela representava o encontro com a morte, uma tempestade existencial, a decadência do mestre... Enfim, tudo menos música.

sexta-feira, julho 20, 2007

Dia do Amigo


Palavras (principalmente as minhas) nada mais são do que sons que se vão com o tempo, que mudam conforme a estação da alma.
Boas são as
"Coisas que a gente se esquece de dizer
frases que o vento vem às vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
na canção, no vento, não se cansam de voar"

Por vezes me esqueço de dizer como é bom ter um amigo! Parece-me tão natural que me perco na certeza de que meu amigo sabe da atenção que lhe sirvo.
Outras vezes este vento que viaja povos e regiões vem soprar laaaaaa de longe uma frase qualquer pra fazer sorrir o dia de um amigo meu.
Algumas vezes deixo o tempo correr guardando aquilo que deve ser dito ou, pelo menos, escrito.
Mas hoje, em especial, veio-me um vento litorâneo, com cor de Corcovado, dizer que é tempo de buscar palavras, conceitos e letras.
Dedilhar no tempo uma canção sem rima, melodia sem compasso.
Por isso aqui estou. Ouvi este vento que, ironicamente, soprou neste dia.
Hoje é dia do amigo.
Então, nada mais justo que dizer como é bom ter um amigo!
Não te conheço bem, sei pouco sobre você, mas o que sei digo que parece-me bom
O que não sei peço a Deus que faça bom. É assim que lhe vejo, bom amigo!

sexta-feira, junho 29, 2007

Se os olhos falassem


Ah, como o mundo seria mais transparente se os olhos falassem!
Imagino um amor de repente desabafado, posto para o mundo ver, caso os olhos falassem.
Vejo na rua pedidos sinceros de carinho e atenção, do lado de fora dos vidros fechados.
Vejo mágoas e rancores descobertos num piscar, se os olhos falassem.
Vejo mentira e maldade avançarem nas pessoas caso os olhos falassem.
E vendo por este ângulo, viveríamos perigosamente se os olhos falassem!
Mas pelo sim, pelo não, seríamos, quem sabe, menos tristes, menos reprimidos em nosso mundinho. Simplesmente porque os olhos falariam!
O mundo, com certeza, haveria de dar um jeito, achar lugar para tantos olhos discursivos; mas depois de algum tempo tudo estaria nos conformes.
Então chego no ponto ao qual me propus pensar sobre.
Além das confusões causadas, das mentiras desmentidas e entrando até na casa dos verdadeiros desejos expostos, estaria o amor oculto.
E não só ele, mas a fraternidade, o respeito e o carinho, muitas vezes ocultos dentro de um sem que outro sequer tenha idéia.
Mas permita-me reter os holofotes neste primeiro.
O amor oculto.
Me remete a "amigo oculto"!
E, se mais que falar, os olhos fizessem amigo oculto!
Ah, eu lhe daria uma enorme
  • Caixa de Momentos
  • !
    Com beijos e abraços eternos, votos de sorriso e gargalhadas, de sorvete, chocolate e suspiro.
    Livros e CDs, casos engraçados e bons filmes.
    Mas voltemo-nos apenas às falas dos olhos.
    Que diriam os seus?
    Os meus diriam uma ansiedade imensurável e uma vontade de me esconder... Balbuciariam algumas rôtas e avulsas palavras de amor... Se fechariam. Meus olhos, com certeza, se fechariam!
    Mas se então você quisesse, de todo o coração e com seus olhos perguntasse que é que eu diria...
    Ah... Então meus olhos lhe fariam livros e mais livros de pupilas incasáveis. Bem-querer e saudade abririam minhas pálpebras com tanta vontade!
    Saudades, saudades apertadas de você, medo, receio, timidez, beijos e abraços pulariam dos meus olhos com tanta pressa, tanta vivacidade, que atropelariam a rejeição e o desconhecimento de seu olhar.
    E então eu te olharia com certa interrogação na íris, tentando ler o que se passa em sua nascente de palavras.
    Que é que se esconde nestas castanhas?
    Mas seus olhos parecem tão óbvios...
    Ou desconhecem os meus ou não fazem caso.
    Por isso sinto-me vermelha, querendo apagar todas as frases acima.
    Mas que podem as mãos diante das palavras escritas pelos olhos?
    Então, olhos meus, digam ao mundo que volte ao normal! Que cada olho apenas veja a enorme capa que esconde almas viventes e só a boca disposta diga.
    E me lembro de Toquinho, velho amigo de meu amado Vinícius, que por vezes cantou "Ah, se eu pudesse entender o que dizem seus olhos!"
    Mal sabemos nós que é que queremos, Toquinho... Mal sabemos...

    Caixa de Momentos


    (escrito em 04/05/07)

    Apesar do enorme controle que o homem tem (ou pensa que tem), certas coisas não estão, mas deveriam estar também, sob seu domínio.
    Eu adoraria ter numa caixinha o barulho da cachoeira, o cheiro da serra, o vento, a sensação de refrescância da piscina e do sorvete, o olhar de um cachorrinho, o vôo da garça, o pôr-do-sol, uma longa risada, os encontros de família, uma torta que deu certo, o barulho da Coca-Cola caindo no copo, as gargalhadas de uma criança, o interesse por um livro, o "quentinho" do edredon no frio, o ardor de uma fogueira, a alegria de uma amizade, o prazer de uma (boa) conversa, as curtições de uma festa, a saudade de uma boa lembrança, a boa lembrança de uma foto, o entusiasmo de rever alguém que partiu, a sensaçãode tomar café sentada num fogão-à-lenha, o alívio de ir bem numa prova, o sabor de uma pizza, a expectativa de um bom filme, o deleite de uma boa música, o primeiro olhar, uma boa idéia, uma vitória, um bom conselho, a chuva fina, a lua cheia, um abraço, um beijo, uma agradável surpresa...
    Mas nenhuma dessas coisas pode ser guardada, apenas vivida.
    Por isso é bom viver cada momento intensamente, há porém que se viver intensa e sabiamente.

    quinta-feira, junho 14, 2007

    Ontem eu estive lá


    Porque ontem eu estive lá...
    Passei por tantas pessoas, tantas coisas, tantos sons... Andei entre os prédios, entre o dia e a noite, entre tantos pensamentos e ações!
    Ontem eu estive lá. Fui ver você.
    Foram tantos rostos, tantos lugares, tantas ruas...
    Alguns até falaram comigo, outros nem ouvi...
    Estive lá pra ver você.
    Foi um impulso, uma brecha nas tarefas e o tempo parece que parou.
    Era como se esta Bela e grande mineira tivesse parado no tempo.
    Como se, de repente, tudo parasse pra dizer "corre, vai! Vai que o mundo te espera."
    E eu fui. Fui e num piscar de olhos estava lá pra ver você.
    Muitos esperavam o elevador. Eu e ele chegamos juntos!
    "Se não couber eu não vou", pensei.
    Mas coube! E no elevador todos os olhos me fitavam lá de dentro como se dissessem "Estamos te esperando, não pare agora".
    E eu parei.
    Parei pra pensar, pra por sentido no que fazia, pra achar uma base pra tudo isso.
    Meneei a cabeça e o elevador se fechou.
    Voltei pra rua e a cidade seguia um pouco cinza, como que em sinal de reprovação.
    Fui comer uma empada, mas saiba que ontem estive lá e fui ver você.

    sexta-feira, junho 08, 2007

    O dia que parei para te olhar


    Por que ainda estou aqui?
    Tento ver o que não há
    Tocar o abstrato


    Por que te vi ali?
    Naquele mesmo lugar
    Sem saber de fato


    Sem saber de fato
    O que levou minha razão
    Veio forte como o aço
    Era inútil dizer "não"


    Há tempos decidi
    Não mais fazer poesia
    Por esta força me vi
    A ler o que escrevia

    E então li versos
    De amor e rima
    Expressei ao inverso
    Tudo o que me desanima

    Espero que esteja bem
    Com ela que apareceu
    Na estrada que ia além
    Do que meu coração percebeu

    Parei para escrever
    Nesta estranha estrada
    E vi meio sem querer
    Dois sorrirem na calçada

    E veja que susto levei
    Ao ter que aceitar a cena
    Você e ela encontrei
    felizes na noite amena

    quinta-feira, junho 07, 2007

    Amanhã sem você


    Ah, amanhã!
    Tão incerto e intrigante, tão misterioso e medonho.
    Tranquilo amanhã,
    que carrega sonhos e lágrimas,
    gente e sorriso,
    amanhã estranho.
    Que será de mim? Que será de nós?
    Que será dele?
    Amanhã, hoje não.
    Hoje sou só eu.
    Somos nada
    e ele... Bem, é o que é.
    Nada mais.
    Mas amanhã...
    Amanhã é um novo dia!
    Um novo e fascinante dia.
    Mesmo breve,
    mesmo sem ele,
    o amanhã a si mesmo pertence
    e basta a cada manhã seu próprio presente.
    Será um belo amanhã.
    E se para mim não houver amanhã
    muitos sorrisos tenho, alguns "eles" chorei
    e hoje ainda não findou.
    Não vale a angústia.
    Vale ouvir o que me lembre ele,
    vale cantar para esquecê-lo,
    vale falar e rir,
    vale sair ou ficar
    mas tristeza não.
    Não há tempo para isso caso não amanheça sobre mim.
    Mas se de novo eu nascer com o sol
    valerá pensar que o tempo ainda espera
    que algo ainda pode acontecer.

    sábado, junho 02, 2007

    Uma estória assim


    Seria capaz de te mostrar o céu, contar estrelas, andar nas nuvens.

    Poderia te olhar sem pressa, rir do seu sorrir, cantar na sala, correr pro mundo.

    Conseguiria viajar no tempo, sem hora pra voltar, só de te ouvir contar momentos.

    A Terra então pararia pra ver o paraíso que nos viu passar, pra dar mais tempo ao sorriso e mais paz à vida.

    Os sons em harmonia, andariam atrás de nós, pra cantar o que nossa vida contasse.

    Nas prateleiras, livros de nossa história, pra fazer sonhar uma criança qualquer.

    No campo um amor pra seguir nossos passos.

    E em nós a certeza de não acabar nunca.

    Queria te mostrar o céu, contar estrelas, andar nas nuvens.

    Quem me dera te olhar sem pressa, rir do seu sorrir, cantar na sua sala, correr do mundo.

    Sonhei viajar no tempo, sem hora pra voltar, te ouvir contar momentos.

    A Terra não parou e não há tempo para a vida.

    A vida anda tão corrida que nem vi você sorrir.

    Tantos sons perturbam o dia que aquela melodia se perdeu por aí.

    Mas um dia, quem sabe, talvez eu escreva um livro.

    Talvez eu conte uma estória de utopia pra fazer sonhar uma criança qualquer.

    quarta-feira, maio 30, 2007

    Clube da Esquina


    O Clube da Esquina está para minha vida como um microfone estaria para Elis Regina!Não vivi nem convivi com o movimento nem seus criadores, mas amo de coração e muitas são as vezes que viajo com meus ouvidos e meus olhos por esse "mundo".

    Desde o Revival, BH parece respirar Clube, cheira à Rua Divinópolis... Tudo me remete aos casos (não causos), todas as situações têm sua trilha sonora Clubeira...

    Quando comecei a ler "Os sonhos não envelhecem" então! Isso passou a ser mais frequente e maior. Enquanto lia o livro vi várias entrevistas com eles (um ou outro, ou vários) na TV, Rádio, etc... Era realmente engraçado pq eu lia sobre determinada música e no dia seguinte ela me perseguia! Tocava na rádio, ligava o som (no CD) e lá estava o CD da música tocando, aconteceram shows do Toninho Horta, Lô Borges...

    Certa vez eu fazia via sacra no centro da cidade - resolvendo muitas coisas e uma delas era ir no médico (detesto ir no médico! Um livro e o MP3 me salvam muito nesses momentos). Enquanto esperava, lia (com fones no ouvido). Passou por mim um cara... Não! Um deus grego de azul e cabelo castanho bem claro... voltei os olhos ao livro e começava a narração de "Um girassol..." pior (ou melhor!): O MP3 estava na metade da música (aquela parte instrumental)... Fiquei meio lerda por um tempo... Saí de lá e fui para a estação pra pegar o metrô. Ler o livro lá foi realmente marcante.

    Numa quinta-feira li o nascimento de José Roberto, filho mais velho de Márcio Borges. Na semana seguinte me deparei com o perfil dele no Orkut! (detalhe, esta - a "semana seguinte"- era a semana do aniversário dele)...

    Quando lia sobre o disco do Lô, o Via Láctea: "estava eu no meu lugar, veio Lô me fazer mal" Lô estava em BH lançando BHANDA, seu novo álbum. Encontrei tb seu perfil no Orkut... Essas coisas...

    Tenho um irmão de nome Bíblico. Mas eu (não sei por que cargas d'água, ou pelo menos não lembro) chamo de "Zé"(o nome dele não é JOSÉ). Ele gosta muito da música "Pablo". Quando se encanta com uma música, um disco, o que for, ele coloca pra tocar até o CD ficar rouco! resultado?Novo "pseudônimo" de meu irmão: "JOSÉ PABLO"!!!!!!!!!! E canto pra ele o tempo todo, no rítmo da música: "PABLO. O NOME DO ZÉ É PABLO"

    Esses são poucos dos pontos em que minha vida se perde nesta Esquina do Clube. Ele realmente me encanta. Pareço criança olhando vitrine de doces...

    Acho que vou escrever um livro, já tem até nome:"Os sonhos não envelhecem e ainda geram filhos" ou algo do tipo... original né?
    P.S. A foto é do Revival que aconteceu em dezembro de 2006.

    quinta-feira, abril 26, 2007

    A busca


    O homem está sempre buscando alguma coisa.
    Algo que o deixa seguro, livre, feliz...
    Vivemos numa busca profunda e, muitas vezes, insana de algo que não sabemos exatamente o que é, mas buscamos.
    Uma busca interminável que, não raro, é expressa em guerras, catástrofes, morte, fome, angústia, pânico... Sentimentos e consequências que levam-nos a refletir o que tanto procuramos.
    Que é isso que nos impulsiona a jamais desistir, mesmo fraquejando, cambaleando?
    Há dentro de cada um de nós um vazio sem fim, um buraco negro que precisa ser saciado a todo e qualquer custo. É aquela luzinha que se ascende dizendo "Você tem o que quer, mesmo assim lhe falta algo". Então todas aqueles sentimentos nos invadem novamente. Não por buscar o "algo", mas por não saber o que é...
    Existe apenas um algo, na verdade alguém, que é do tamanho exato deste vão que habita todo ser humano. É a presença, a plena Graça de um Deus que sustenta o Universo nas palmas de suas mãos.
    Este algo mais que não invade sua vida, não te obriga a aceitá-lo, permanece sempre à sua porta, a seu dispor, esperando o momento que você, finalmente, abrirá sua vida para recebê-lo e acomodá-lo no espaço vazio que exite em sua alma.
    Repare, é o número dele! Perfeito para acomodá-lo e acabar de vez com essa busca interminável do homem.
    Basta convidá-lo, fazê-lo seu. Fazer-se dele e, assim, vagar traquilamente pelo mundo, ao sabor do vento, curtindo a paisagem porque a busca já cessou. Já não há motivos para pranto pois todas as lágrimas foram enxutas, toda a dor retirada e há tempo para aproveitar e cuidar de cada pedaço desta maravilha que Ele criou para você!

    sexta-feira, abril 20, 2007

    MSN de hoje: "(tu) EU - À espera de algo que não virá..."


    Pra dizer a verdade, nem sei o que dizer.

    Não sei o que fazer, para onde olhar...

    Não sei se te amo ou se te odeio. Na verdade, nenhum dos dois.

    Sei que assim não dá. Sei que cansei de ser vista desta ou daquela forma. Não sei qual é o meu papel, mas quero fazê-lo bem.

    E se é para eu sair de cena, ótimo! Melhor do que não saber nada.

    Você tem que ter uma chave, uma alavanca... Onde está o timão? Preciso virar o leme para outro lado.

    Preciso ver quem é você!

    Você fica bem de preto?

    Apenas seja você sem que eu precise ser eu. Deixa eu te olhar! Deixa eu te ver!

    Não basta saber que não sou pra você, preciso ver, quase tocar... E então sentir raiva, angústia... até que venha o desdém e tudo volte ao normal. Aí será só "Sunrise, sunrise. Looks like morning in your eyes. But the clock's held 9:15 for hours..." como agora...

    Não, não vá ainda! Preciso te ver. Só mais um pouco... Só até que me chamem, só até esta música acabar!

    Foi. Melhor assim. Quem sabe agora eu pare de viajar...

    Só quero que você me veja assim, invisível como sou.

    Não! Não me deixe ver que está aí, que sorriu, que conversa... Apenas olhe a luz e escreva.

    Deixa eu perder o olhar, deixa eu viajar na sua menina...

    Misturo os momentos, as músicas...

    Fique quieto!

    Não! Não na minha frente! Fico sem graça...

    Aí, tá vendo??? Culpa sua! Me chamaram!

    Pelo menos agora sei que faltam 3,5 pros 50...

    O dia corre e você sumiu, foi-se na poeira das ruas...

    Em casa: Que dia cheio!

    Idéia.

    É!!!! Olha você! Sabia que você existia!

    Agora, com você quieto... Continuo sem saber!

    Mas ouça! É... um girassol tem a cor do seu cabelo...

    As informações ainda correm confusas aqui, veja a crônica de hoje!

    Tá vendo??? Olha que monte de coisas ridículas e patéticas!!!!

    Ah, vai logo, vai!


    (Todos os direitos reservados)

    sábado, abril 07, 2007

    Vida de vento


    Porque é difícil viver sozinho, é mais ainda viver acompanhado.
    Bom é ser vento. Passar pelas pessoas, agradar a quem se quer!
    Despentear árvores, direcionar barcos... Deve ser bom ser vento.
    Porque ventos não choram, não sentem saudade, não são deixados de lado nem têm que escovar os dentes antes de dormir!
    Apenas viajam, cirandam pelo mundo, vão aqui e ali o tempo todo!
    Pessoas grandes e pequenas, importantes ou não, todas sentem o vento, são visitadas por ele.
    Ventos levam notícias, trazem tristeza, ajudam os voadores (naturais, é claro)... Diria até que ventos são felizes caso eles fossem coloridos. Mas não são.
    Então resta apenas viver. Porque nada nem ninguém é completo e pleno em si. Apenas deus.

    Então sozinho ou acompanhado, triste ou alegre, viver é uma arte.

    A arte de permanecer apesar de todas as variáveis, de sentir o vento rir-se de nós, de tanta ansiedade pra nada, frustrações, enganos. Viver é respirar apesar de tudo isso e de muito mais.

    É ter esperança no amanhã apesar de tanta desesperança agora.

    Há sim os momentos em que só existimos, deixamos o dia escorrer até tornar-se novo mas, mesmo em dias difíceis é possível viver.

    Vezes sozinho, vezes acompanhado, vezes sentindo saudade. Haverá sempre um pavio de esperança aceso, mesmo pequeno, que impedirá que morramos de frio. Para que o ciclo se repita e, num outro momento de tristeza cogitemos ser vento e viver sozinho.

    (todos os direitos reservados)

    quarta-feira, abril 04, 2007

    Amo e vivo


    Por que amar é importante?
    Porque não podemos vivemos sozinhos!
    Não fomos feitos para isso. Simples assim.
    Que seria de nós sem o amor?
    Sem a amizade, o companheirismo, a cumplicidade, a compaixão?
    Amai!
    Amai como se amanhã não houvesse! Como se seu amor pudesse mudar o mundo!
    Porque amores colorem a vida,
    amigos dão vida à vida,
    companheiros, cúmplices, fazem bons os pequenos momentos!
    E como é bela a vida por esse ângulo!
    Como é doce respirar em boa companhia!
    Sim! A vida tem valor agregado quando há amigos e amores por perto!
    Amigos são como árvores, dão apoio, segurança, frutos, vento, até medo em certas ocasiões!
    Amores? Amores não... Amores são como os frutos destas árvores! Apenas crescem naturalmente, colorem a vida! Dão sabor! Viram outras árvores.
    Assim é amar amigos e amores!
    Tudo tão lindo, tão simples.
    Complicamos tudo, é verdade. Mas não falemos sobre isso!
    Falemos sobre amar!
    Sobre viver amando, viver amado.
    Falar essas coisas dá vontade de viver! De viver intensamente, prudentemente e insanamente!
    É, viver é assim tão contraditório!
    Mas viver e amar é tão fascinante!
    Por mais que seja complexo, contraditório, por vezes chato e intolerável amar faz bem, vale a pena e é importante.
    Por que?
    Porque não podemos viver sozinhos!
    Não fomos feitos para isso!


    (todos os direitos reservados)

    sexta-feira, março 16, 2007

    Escrever


    Comunicação.
    Comunicação com o externo, casos que o íntimo conta pra alegrar a vida, desabafar tristezas, descontrair tensões...
    Unir letras, palavras, frases! E musicá-las então?
    Que coisa linda! Que coisa mágica!
    Em tudo há quem faça o mal uso, que agrida o bem, mas ainda assim o escrever é bom.
    Faça-o bem, faça-o mal... Apenas escreva!
    Palavras chaves, circuitos fechados, versos, prosas, cantos, sonhos, aflições...
    Que há tão lindo como escrever?
    Quase nada.
    É belo e lava a alma, como a lágrima.
    Não quer que leiam? Esconda.
    Quer que leiam? Exiba.
    Mas não deixe de escrever o que vai em teu coração, para que não seja triste seu andar e vã sua passagem pela terra.
    Escreva, verse, musique, invente se necessário!
    Como é bom!
    Esqueça o mundo, apenas escreva.
    Pense nas pessoas depois que tiver escrito. Resista. Não jogue fora, não queime, não dê a alguém sem antes ter um para você.
    Ainda que lhe pareça feio, vergonhoso, patético...
    Não foi quando o escrevia, porque agora é?
    Ah! Escreva sim! Escreva, pois quem escreve nada perde.
    Apenas transcreve o que lhe grita a alma.

    quinta-feira, março 15, 2007

    Coisas detestáveis

    Certas coisas deveriam ser proibidas.
    Por serem chatas, inconvenientes, frustrantes, ou apenas por existirem!
    Creio que não haja nada pior do que fazer e/ou receber visitas em casa. Não falo de amigos, falo de visitas realmente "visitas" essas que a gente faz uma vez na vida, aquela pessoa que você diz (por educação) "passa lá em casa" e ela passa! Ou então você diz "Tá, qualquer dia eu vou lá, sim" e a pessoa fica cobrando, enchendo a paciência até você desistir e ir mesmo.
    Mas não pára por aí, há mais uma série de coisas insuportáveis. Tais como esperar alguém uma eternidade e a pessoa não aparecer, nem ligar... Esperar uma carta e encontrar contas na caixa de correio! Chegar cansado, abrir a geladeira e descobrir que alguém já tomou o resto da coca-cola; Começar a cochilar e alguém gritar seu nome no portão; estar no cinema e alguém próximo atender telefone ou, pior! Começar a conversar com você sobre o filme! E quando é legendado??? Numa parte super-importante a inconha diz "repete pra mim? não deu tempo de ler..."
    E quando você está lendo um recado, um e-mail pessoal e alguém impaca do seu lado???
    Talvez não haja sensação pior...
    Tá, tem sim! Quando você está em alguma palestra, reunião, o que for interessante e alguém do seu lado quer porque quer conversar com você justo naquela hora! Aí começa a falar, falar até que todos começam a TE olhar e o orador pede educadamente que VOCÊ não converse no momento...
    E na praça de alimentação do Shopping? Você senta e vem alguém:

    -Que deseja?
    -Uma pizza média, por favor.
    -Hoje não fazemos pizza, porque não pede uma picanha?
    Meu Deus! Deve ser porque eu quero uma pizza! Já te contaram que ela em nada se assemelha com a picanha???
    Há também dias em que você sente-se triste e ouve músicas que gosta, aí vem uma prasta e, sem mais nem menos, diz "Nossa! Cê gosta dessa banda? Que coisa horrorosa, muda aí!"
    E daí? Não quer ouvir? Sai de perto!
    Ah! Imagine a cena:
    Você entra na loja, precisa muito de alguma coisa, acha o que quer, como quer e como precisa. Vai ao provador e aquilo simplesmente não serve e, pior, é tamanho único!
    Tem também a Lei de Murphy pra ajudar!
    Você se machucou, fez uma cirurgia... tanto faz! Está com alguma parte do corpo mais sensível que o normal. O que acontece? Todo mundo esbarra, toca, bate, empurra justamente essa parte!
    Não, hoje não estou com raiva, nem triste, nem nada... Foi apenas um tema que tomei ao acaso.

    Mas confesso que só de pensar nessas coisas já me sinto mais "frágil"...
    Acho que vou ouvir as músicas que mais gosto hoje.
    Ainda bem que não listei todas as coisas detestáveis...
    (todos os direitos reservados)