domingo, julho 06, 2014

Sobre poder e ser

Foi assim: eu te vi chegar ainda em meia distância, te olhei enquanto você não me notava...
sim, acho que te vi primeiro.
Não sei ao certo.
Mas dali em diante eu te esperava todos os dias.
Todos os dias.
Eu olhava o relógio desde às 13:00 e começava a bater os pés às 13:30. Se às 14:00 você não chegasse era uma guerra dentro de mim.
E geralmente você chegava minutos depois disso.
Eu esperava pra me assentar nessa hora, fingir não te ver, passar por você, soltar o cabelo... era tudo porque você estava lá.
Então não me venha com essa de mal amado, nem precisa pensar que é tudo culpa sua, porque muitas foram as vezes em que eu planejei cada minuto do tempo em que ficamos entre as mesmas catracas.
Eu te esperava todos os dias.
Ainda espero.
E talvez espere sempre.
Talvez.
Pode ser que um pedaço de mim esteja sempre te olhando de meia distância, esperando você perguntar pelo lanche.
Pode ser que seguindo caminhos divergentes, algo de mim te siga feliz por todos os lados e o restante viva também feliz no caminho que escolher.
E, pode ser ainda que, seguindo caminhos divergentes, algo de mim te siga feliz por todos os lados e o restante vá buscar vocês em um momento chamado Qualquer.
Pode ser tanta coisa...