quarta-feira, dezembro 13, 2006

À uma tulipa cor-de-rosa


Neste momento há um alguém especialmente triste. Perdas que todo mundo tem... Mas me dói saber que alguém tão doce sinta um gosto tão amargo.
Que é que posso fazer, flor? Não posso sequer dar-te um abraço onde possas enterrar teu pranto.
Se pudesse, eu bem que lhe colava um sorriso ao rosto...
Ruim perder pessoas preciosas. Bem sei como é isto.
Mas você talvez esteja a olhar o mar ou à janela, nesta noite, como quem busca na chuva alguém que foi e não voltou.
Talvez já lhe tenham entretido ou talvez uma festa tenha se acabado...
Em teu rosto, sempre tão transparente, há os traços de um vazio melancólico e cinza.
Hoje é feriado. Há pessoas passeando por todo lado e táxis rodando toda a cidade, há um roubo, com certeza e há descanso em alguns lares.
Mas em teu interior há chuva. Dessas que suspendem as aulas!
Sim, dessas que lhe mandam dormir sem dizer "boa noite".
Dessas chuvas para o doente ficar bem quieto que já vem um chá quentinho!
Aquieta-te, flor! Embala-te numa manta e descansa tua alma, que aqui vão umas palavras para teu coração ficar bom.
(02.11.06 - todos os direitos reservados)