quarta-feira, julho 25, 2007

Música e Movimento


Não sou poetisa, preciso pensar muito para ser uma e acho que nem levo jeito para.
Mas confesso que andei pensando um pouco sobre música e movimento com um certo lirismo hoje.
Eles andam sempre muito unidos, como velhinhos que há anos são casados.
Mas velhinhos com tanta (ou maior) vivacidade que um jovem mal pode imaginar!
O movimento é único em si, trabalha por si e para si. Leva consigo uma chama, uma expressão de momentos e estados não de espírito, mas de corpo. Estados de corpo que variam, que mudam de opinião facilmente.
A música é como o vento, leva o movimento nas notas, convida os sons para um passeio além do mundo, forma-se lindamente entre tons.
Mas cada um independe do outro! Apenas coexistem e interagem sobre o mesmo teto por opção. Opção esta que não consiste em ver-se completo, mas em enriquecer a nobreza do outro.
Não que isto soe como poesia, mas para muitos que ouviram a nona sinfonia de Beethoven ela representava o encontro com a morte, uma tempestade existencial, a decadência do mestre... Enfim, tudo menos música.