Eu tenho um amigo com casca de homem
Cabelos de lua e olhos de infinito
Um tom muito grave e roupas escuras
Escondem o moleque correndo no barro
Jogando e brincando de ser homem sério.
Esse moço meio chorão
tem casca de fidalgo e cara de vilão
Mas se reparar melhor e parar pra ouvir
A gente ouve meu amigo tentando superpoderes
E antigravidade.
Meu amigo não passa de um menino que veste fantasias
E esmera-se em fazer o disfarce perfeito.
É bem esforçado esse meu amigo!
E ele canta feito os passarinhos que caça.
E ele escreve e melodia tudo o que vê na vida.
É um menino grande que se acha um homem pequeno.
Meu amigo não bate bem das bolas! Ou bate.
E quem diz assim é porque toma uns frangos desse meu jogador mirim.
Vá lá, tem gente que não sabe perder.
E esse meu amigo é tão vencedor que até nome aos pés ele pode dar!
E asas. Aposto que ele também pode dar asas.
E pode. Ele dá asas a quem o ouve dedilhar.
E só.
30/11/2010
