Eu tenho um amigo que chamo de pai.
Esse meu amigo é como todos os outros,
Às vezes ri de mim, às vezes briga, chove, chora...
– A gente nunca entende muito bem o que é ser gente. –
E às vezes eu paro pra vê-lo passar, ou pra vê-lo viver.
Às vezes ele me aborrece! E como aborrece! E me faz chorar sem nem saber,
E sem querer, eu sei.
Mas amigos são assim mesmo =)
A gente aprender a conviver e a beleza de toda a amizade
Consiste em admirar o amigo com todos os defeitos que ele tem.
E eu tenho esse privilégio:
Ter um amigo que chamo de pai. Pouca gente pode a mesma coisa.
Ele parece forte, mas não passa de um menino chorão.
E quando me pego aos prantos esse menino me assopra o dodói e diz que logo, logo vai passar
Então saímos a caçar passarinhos e brincar de esconde-esconde.
Eu finjo que não o vejo, ele finge que não me vê.
A gente vive deixando o outro ganhar.
30/11/2010
