sexta-feira, agosto 17, 2012

Nau frágil

Talvez você não saiba o quanto resisti às ondas da ideia de amar você.
Talvez nunca saiba.
Evitei ser mais uma tripulante dessas esquadras.
Não quis ver você me vendo assim.
Me apaixonei pelos mesmos motivos que todas elas, mas sob formas diferentes.
E isso, meu amado, é o que importa.
Ou não. Pra você não importa.
E tentei não te amar mas, agora que me afoguei no mar de você,
sinto suas águas passarem por mim, me jogando pra qualquer canto seu,
sem nem notar que minha sentença se encerra na sua ressaca.
Morte ou vida, não importa, se pra você sou mais um marujo tentando domar suas ondas.
Mas não, sou um pescador de nada, que mal sabe nadar,
enfeitiçado pelo seu infinito azul.
Elas te amaram quando te viram vencer as embarcações,
eu te amei quando te vi beijar o sol.