quinta-feira, agosto 28, 2014

Múltiplas escolhas

Ouça o que lhe digo
porque quem avisa amigo é:
Essa dependência vai te matar qualquer dia.
Você não se move, não se atreve nem se ilude.
Vive crendo que a vida vai ser sempre a mesma coisa.
Mas a vida já não é mais a mesma,
nada fica no lugar onde foi posto.
E os passos que você deu não parecem ser seus.
Tudo bem não saber pra onde vai,
caminhar já é um bom começo
e na estrada você escolhe o destino.
Mas o que parece, meu amigo,
é que você vai ser sempre isso aí;
sempre a mesma pedra parada à beira do caminho.
Quanto você caminhou até hoje?
Sozinho. Por si só.
E quanto, meu amigo, você ajudou alguém a simplesmente ir?
Você se satisfaz com muito pouco.
Qualquer mais ou menos está de bom tamanho.
E quando a gente pensa que se move...
Vê que só levantou pra se coçar... Já voltou pro lugar!
Vai ser assim pra sempre?
Vai morrer onde está?
Vai escorar a vida num alguém ideal a vida toda?
E quando descobrir que ideais não existem, vai fazer o quê?
Digo, naturalmente, esperando que faça algo.
Mas sei que é bem provável que não faça nada.
Isso realmente me preocupa.
Alguém que não tem nada a acrescentar.
Digo, tudo bem nascer sem acrescentar nada. - todo mundo nasce assim -
Mas depois de nascido ter algo a somar é opção.
E você opta todo dia pelo não.