segunda-feira, outubro 22, 2007

Rimas Sôltas


Coisas que a vida não espera e de repente acontecem, vapores de música cortando o céu.
Como somos frágeis! O mundo em redor parece tão grande! Os sonhos de vidro caíram ao chão, pó de estrela nas calçadas, tons de sorrir em vão.
Ai! Que a tristeza resolveu morar comigo! E enquanto é tempo os vizinhos estão de partida!
Tempo, que tudo detém em seus maus e fortes braços, leva-me até o outro lado da rua, pra que de lá eu veja o céu.
Azul cortado por grades escuras, tentando compor um choro qualquer.
Ai! Que a vida aqui vai fraca demais! Sem cheiro de chuva, só água lá fora querendo lavar a solidão.
E a vida que um dia cantou pelo mundo, só quer um travisseiro e uma ponta de escuridão.