sábado, setembro 15, 2012

Uma flor e seu amado pelo tempo

Eu hoje vi uma cena bem rara.
Um casal com tanto carinho nos olhos que Deus os livre de todo mal!
E me encheu a alma vê-los assim.
Há tanto que não vejo um casal tão cheio de admiração!
Admiração. Não desejo, nem respeito apenas.

Sentei-me ao lado dela que foi logo dizendo: ele está no palco!
E quando ele, enfim, apareceu...
Seus olhos buscaram e acharam sua flor em frações do menor tempo.
Sua flor estava ali, e por sua causa.

Achei tudo tão lindo que não quis comentar
para não perder a beleza natural.
A música, sempre fazendo história em mim, encheu todo o universo daquela hora.
Ao fim, a bela rosa e eu saímos em modices de menina.

E ele a buscava lá fora!
O amado desta Rosa saiu ao seu encontro.
Não buscou aplausos e sorrisos senão os dela.
Foi tudo tão lindo que me deixei ficar ali.
Olhei os dois desligando o mundo porque estavam juntos.

Não, não eram namorados recentes.
Dezessete ou dezoito anos juntos, não sei ao certo.
Mas amigos. Com aquele amor que não se vê por aí e uma admiração tão bonita!
Namorados há anos que acordam todo novo dia como se fosse o primeiro.


Escrevi este texto em setembro de 2011. Não me lembro o dia exato, e até me espantei por não ter anotado na folha do texto original. O enredo é verdadeiro, mais um fato marcante daquela noite cheia de boas surpresas. Eu tinha me esquecido que foi ali que vi o encantamento desses dois. Encontrei esse texto hoje (15/09/12), por acaso, numa pilha de cadernos. Quando vi o título me lembrei exatamente de como foi escrito e achei que já tinha publicado. Agora que transcrevi me lembrei porque tinha escolhido não publicar.