quinta-feira, junho 09, 2011

Iza (Belinha) Freitas

Queridos leitores e leitoras, conto com a compreensão de vocês novamente.
Aqui vai mais um post em homenagem a alguém.
Com um pouco de remorso, por não tê-lo escrito antes, deixo de dedicá-lo à sua legítima dona para dedicá-lo aos que a amam.
O nome dela é Izabela (Iza ou Belinha, para os amigos) Freitas. E, por pura ironia do destino, o post não vai pra ela, mas para seus pais, familiares e amigos.
Não fui sua amiga, acho que ela nem sabia da minha existência, mas quando pensava nela, tratava como "Iza", peço licença para que faça assim também aqui no post, sim?
Eu conheci a Iza (adivinhem) pelo O Teatro Mágico. De tanto ver os posts dela no Twitter, sempre ria dos RTs que eles faziam dela.
A Iza tinha uma doença congênita grave, eu não sei muito mais sobre isso, mas não importa. No dia 21/05/2011 Deus chamou a Iza de volta, sentiu saudade dos abraços dela e mandou um anjo (bem lindo e cheiroso) buscá-la.
Acredito que algumas pessoas são mesmo mais especiais que as outras e que todos temos algo a ensinar às pessoas que nos cercam. A Iza soube, sem dúvida, reforçar essas minhas convicções. No pouco tempo que "a conheci", nunca a vi reclamar nem se lastimar de nada, antes, ela sempre tinha uma piadinha irônica ou uma crítica camuflada. Às vezes, até sem querer ou perceber.
no texto "Se eu andasse", sem usar essas palavras ela diz "ACORDA, VOCÊ ANDA!"
A espontaneidade exalava dela, por isso muitas pessoas a queriam bem.
Meu preferido é "Capítulo 30". Um verdadeiro Universo descortinando-se bem diante dos olhos. E que bom saber que ela teve sensibilidade para ver todo esse Universo!
Outra convicção que sempre tive é de que "Deus dá filhos especiais a pais especiais", a visão que a Iza tinha de si e da vida era formidável, mérito principal dos pais dela, com toda certeza. Sem falar na dedicação deles, coisa que só pai e mãe sabem bem o que é.
A vida e a história da Iza só foram e são tão interessantes porque outras vidas se achegaram à dela. Foram essas "chegadas" que tornaram a vida dela móvel, mutante e rica. As histórias e os casos que ela contava, os tweets dela (rs)só existiram porque ela tinha pessoas com quem repartir toda essa graça. A família especial que ela teve naturalmente e a família que ela pôde escolher pra dividir a estrada.
É fácil perceber que a história da Iza conta também a história de seus pais, de seus familiares e de seus amigos.
O que lamento é não tê-la conhecido, nem feito nada pra que ela soubesse que em BH eu realmente admirava tudo isso.
A gente tem o custume de honrar e homenagear as pessoas depois que elas partem. Por que não fazemos isso antes, enquanto elas podem responder?
Não seria ótimo? Eu adoraria ter um comentário da Iza, mas enfim, vivendo e aprendendo a andar.